Como Gerenciar um Armazém de Produtos Perecíveis

por | jul 25, 2025 | Logística Promocional | 0 Comentários

Gerenciar um armazém de produtos perecíveis exige atenção a temperatura, umidade, normas da ANVISA e um layout eficiente para evitar perdas e garantir qualidade.

  • Controle rigoroso de temperatura e umidade: Produtos refrigerados entre 0°C e 5°C e congelados a -18°C ou menos.
  • Método FEFO (First Expired, First Out): Priorize produtos com validade mais curta.
  • Normas da ANVISA: Siga regulamentações como a RDC nº 216/04 para evitar multas de até R$ 1,5 milhão.
  • Tecnologia e automação: Sistemas WMS e sensores ajudam a monitorar e otimizar processos.
  • Higiene e segurança: Limpeza, controle de pragas e treinamentos são indispensáveis.

Empresas como a Viena Log oferecem soluções completas com infraestrutura moderna, garantindo eficiência e conformidade.

Como gerir na PRÁTICA produtos perecíveis com WMS | Logística do Chocolate

Controle de Temperatura e Ambiente

Manter o controle ambiental é indispensável para assegurar a qualidade de produtos perecíveis. Isso inclui a manutenção de temperatura e umidade ideais, geralmente entre 60% e 75%. Esse cuidado é essencial para evitar problemas como o crescimento de fungos e bactérias, que podem comprometer toda a cadeia de suprimentos.

"O armazenamento de produtos perecíveis requer cuidados que precisam ser muito detalhados e organizados para que as rotinas no armazém aconteçam de forma orgânica e sistêmica." – Engesystems

Sistemas de Monitoramento de Temperatura

A automação tem revolucionado a gestão de armazéns frigoríficos. Com sistemas automatizados, é possível aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais.

Sensores e termômetros digitais, por exemplo, monitoram a temperatura em tempo real e enviam alertas imediatos caso ocorram desvios. Um exemplo prático vem da Nestlé Argentina, que instalou sistemas semi-automáticos Pallet Shuttle em sua unidade de Villa Nova. Essa tecnologia permite a movimentação de até 500 pallets de produtos perecíveis diariamente.

"O novo armazém foi projetado para resolver nossas necessidades: expandir a capacidade de armazenamento sem precisar construir outro edifício." – Claudio Marmo, Gerente de Desenvolvimento da Cadeia de Suprimentos, Nestlé Argentina

Além disso, equipamentos como refrigeradores industriais, freezers, desumidificadores e ventiladores estrategicamente posicionados ajudam a manter as condições ideais. Essas ferramentas complementam as estratégias de gestão mencionadas anteriormente.

Exigências Regulamentares Brasileiras

No Brasil, a ANVISA regula o setor com rigor por meio da RDC nº 216/04, que estabelece critérios para o manuseio, armazenamento e conservação de alimentos em estabelecimentos alimentícios. Essas normas são fundamentais para garantir a segurança alimentar de milhões de pessoas.

"A regulamentação da Anvisa (RDC nº 216/04) é essencial para garantir que alimentos perecíveis sejam armazenados com segurança e qualidade." – Joagro Embalagens

As temperaturas exigidas pela legislação são bem definidas: alimentos refrigerados precisam ser mantidos entre 0°C e 5°C, enquanto os congelados devem permanecer a -18°C ou menos. O não cumprimento dessas normas pode levar a multas que chegam a R$ 1,5 milhão, além de apreensão de mercadorias e suspensão das atividades.

RDC Aplicação Prazos Principais Exigências
304/2019 Medicamentos Imediato Sistema de qualidade, qualificação de transporte
430/2020 Alimentos 180 dias para adaptação Controle de pragas, higienização
20/2014 Material biológico Imediato Embalagens especiais, treinamento

Esses regulamentos reforçam a importância de uma gestão de armazém eficiente, priorizando segurança e qualidade.

Outro ponto crucial é o Certificado de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem (CBPDA), emitido pela ANVISA. Esse documento comprova que a empresa segue as normas de boas práticas para armazenamento e distribuição.

"O Certificado de Boas Práticas de Distribuição e/ou Armazenagem (CBPDA) é o documento emitido pela Anvisa atestando que determinado estabelecimento cumpre com as Boas Práticas de Distribuição e Armazenagem ou Boas Práticas de Armazenagem dispostas na legislação em vigor." – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa

Para obter a certificação, é necessário solicitar uma inspeção à Vigilância Sanitária local, conforme estabelecido pela RDC nº 497/2021. Além disso, a legislação exige práticas como a separação correta dos produtos, higienização rigorosa das áreas de armazenamento, uso de embalagens adequadas e veículos de transporte que mantenham a temperatura e evitem contaminações.

Layout do Armazém e Controle de Estoque

Ter um layout bem planejado no armazém é essencial para reduzir perdas e garantir que as operações com produtos perecíveis ocorram sem problemas. Uma organização eficiente pode ser o fator que separa o lucro do prejuízo.

Princípios para um Armazém Bem Planejado

O aproveitamento inteligente do espaço é um dos pilares do design de um armazém. Isso inclui o uso de armazenamento vertical e sistemas de estantes que utilizam toda a altura do galpão.Essa abordagem aumenta a capacidade de armazenamento sem precisar ampliar o espaço físico.

Outro ponto importante é a redução do manuseio. Quanto menos os produtos forem movimentados, menores são os riscos de danos e os custos operacionais. Por isso, o layout deve ser pensado para minimizar deslocamentos dos colaboradores e evitar gargalos.

Dividir o armazém em áreas específicas, como recebimento, armazenamento, separação e expedição, também melhora a eficiência. Isso ajuda a otimizar o fluxo de trabalho e o movimento dos produtos.

Para produtos perecíveis, o controle do fluxo de ar é indispensável. Uma ventilação adequada evita a formação de pontos quentes que podem acelerar a deterioração. Além disso, o design das estantes precisa permitir uma boa circulação de ar e facilitar o uso de equipamentos de movimentação.

Método FEFO (First Expired, First Out)

Com o layout ajustado, a gestão do estoque deve incluir estratégias como o método FEFO.

O FEFO prioriza o uso ou a venda de produtos com a data de validade mais próxima. Essa estratégia é essencial para reduzir desperdícios, preservar a qualidade dos produtos e atender às exigências regulatórias.

Para aplicar o FEFO, é necessário etiquetar os produtos de forma clara e organizá-los por datas de validade. Um inventário atualizado é indispensável, garantindo que os itens com vencimento mais próximo sejam identificados e separados com antecedência.

Essa metodologia se torna ainda mais eficiente quando integrada a tecnologias de gestão, como os sistemas WMS.

Sistemas de Gestão de Armazém (WMS)

Adotar um Sistema de Gestão de Armazém (WMS) é uma solução indispensável para lidar com produtos perecíveis. Ele oferece visibilidade em tempo real do estoque, melhora a eficiência operacional e ajuda a reduzir desperdícios e custos.

Enquanto em 2018 muitos armazéns ainda usavam processos manuais no recebimento, estudos mostram que armazéns automatizados têm 76% mais chances de alcançar uma eficiência de inventário de 99% ou mais. Empresas que utilizam WMS relatam ganhos significativos, como aumento da produtividade e maior satisfação dos clientes. Por exemplo, distribuidores em São Paulo conseguiram reduzir o tempo de separação de pedidos em 37% após apenas três meses de uso do sistema.

O WMS também é uma ferramenta valiosa para garantir a rastreabilidade e a segurança operacional, especialmente quando integrado a controles ambientais rigorosos. Além disso, sua integração com outros sistemas, como ERP, TMS e plataformas de e-commerce, é essencial para manter a cadeia de suprimentos funcionando sem interrupções.

Quando o design do armazém, o método FEFO e o WMS operam de forma alinhada, os resultados são ainda mais expressivos. Para empresas brasileiras que trabalham com produtos perecíveis, soluções completas de armazenagem e gestão de estoque, como as oferecidas pela Viena Log, podem ser o diferencial para garantir a qualidade dos produtos desde o recebimento até a entrega final.

Protocolos de Higiene e Segurança

Manter padrões rigorosos de higiene e segurança é essencial para proteger produtos perecíveis. Seguir à risca os procedimentos de higienização não só previne contaminações, como também assegura a segurança alimentar. Sem esses cuidados, os investimentos em controle de temperatura e sistemas de gestão podem ser inutilizados. Assim como o layout e o controle de estoque, a higiene é um dos pilares da eficiência operacional.

Procedimentos de Limpeza e Sanitização

A limpeza e a sanitização são indispensáveis em todas as superfícies que entram em contato com alimentos, desde o recebimento até o consumo. É importante adotar um cronograma documentado de limpeza e desinfecção, mantendo os ambientes internos bem ventilados, iluminados e com temperatura adequada. Além disso, a lavagem frequente das mãos pelos colaboradores é fundamental.

Para desinfecção, a RDC 216 da Anvisa especifica os produtos permitidos e suas concentrações ideais:

Princípio Ativo Concentração
Hipoclorito de Sódio 100 – 250 ppm
Cloro Orgânico 100 – 250 ppm
Quaternário de Amônio 200 ppm
Iodóforos 25 ppm
Álcool 70%

Além disso, é indispensável implementar programas de controle de pragas e Boas Práticas de Fabricação (BPF) para evitar qualquer tipo de contaminação. Isso inclui o uso de produtos de limpeza adequados, inspeções regulares para identificar sinais de pragas e o treinamento contínuo da equipe.

Capacitar os colaboradores é um passo essencial para melhorar as práticas de higienização. Treinamentos personalizados, com o uso de recursos visuais, vídeos e exemplos práticos, ajudam a simplificar conceitos mais complexos. Atividades interativas, como dinâmicas e questionários, também podem tornar o aprendizado mais eficaz.

Conformidade e Preparação para Inspeções

Depois de estabelecer práticas internas de limpeza, é necessário preparar o armazém para auditorias e inspeções. Além de manter a limpeza em dia, organize os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) para demonstrar conformidade. Seguir as diretrizes da RDC 216/04 da Anvisa é indispensável para serviços que lidam com a manipulação de alimentos.

Os estabelecimentos devem contar com um Manual de Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padrão acessível tanto para os funcionários quanto para as autoridades sanitárias. Esse material deve incluir treinamentos regulares sobre higiene pessoal, manipulação segura de alimentos e prevenção de doenças transmitidas por alimentos.

Outro ponto importante é registrar medidas de controle de saúde dos funcionários e manter as instalações, equipamentos e utensílios em condições higiênicas adequadas. Para inspeções, adotar um controle contínuo de pragas é essencial para evitar a atração e proliferação de vetores urbanos. Também é necessário utilizar água potável e gerenciar resíduos de forma eficiente, com recipientes identificados e relatórios semestrais, quando exigido.

Realizar autoinspeções periódicas é uma prática que ajuda a identificar e corrigir problemas antes das auditorias oficiais. Além disso, o armazenamento correto dos alimentos é crucial: itens frios devem ser mantidos abaixo de 5°C e itens quentes, acima de 60°C, seguindo o método PVPS (Primeiro que Vence, Primeiro que Sai).

Para empresas que desejam alcançar um alto padrão operacional no armazenamento de produtos perecíveis, contar com parceiros especializados, como a Viena Log, pode garantir a aplicação rigorosa de todos esses protocolos, desde a implementação dos POPs até a preparação para inspeções regulatórias.

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Manuseio Especializado e Serviços Adicionais

Depois de estabelecer protocolos rigorosos de temperatura e higiene, ajustar o manuseio e incluir serviços adicionais se torna indispensável para garantir a gestão completa de produtos perecíveis. Cada tipo de produto exige cuidados específicos que vão além das práticas básicas, considerando também serviços logísticos que agreguem eficiência e segurança à operação.

Métodos de Manuseio por Categoria de Produto

Produtos perecíveis possuem particularidades que precisam ser respeitadas para assegurar sua qualidade. Por exemplo, itens congelados devem ser mantidos em temperaturas de -18°C ou inferiores, enquanto os refrigerados necessitam de um ambiente entre 0°C e 5°C. Esses cuidados ajudam a evitar a proliferação de bactérias, garantindo que os alimentos permaneçam seguros para consumo.

No caso de frutas e vegetais, é importante separar os diferentes tipos para evitar que gases, como o etileno, acelerem o amadurecimento ou a deterioração de outros produtos. A escolha da embalagem também é crítica, pois ajuda a reduzir a exposição ao ar e minimiza a oxidação. Já laticínios e carnes exigem atenção redobrada à ventilação, garantindo que tanto a temperatura quanto a umidade sejam uniformes em todo o espaço de armazenamento.

Essas práticas se somam a sistemas de monitoramento avançados. Um exemplo é a Bem Brasil, que implementou o sistema automático Pallet Shuttle da Mecalux em seu armazém de -30°C. Essa solução permitiu reduzir os custos de energia e aumentar a eficiência no manuseio e na conservação dos produtos. Esse tipo de especialização é essencial para integrar tecnologia e gestão, garantindo operações mais eficazes.

Serviços Adicionais da Viena Log

Viena Log

Além do manuseio especializado, serviços logísticos complementares ajudam a otimizar a operação e agregar valor ao gerenciamento de produtos perecíveis. A Viena Log oferece uma ampla gama de soluções que vão além do armazenamento convencional.

Entre os serviços oferecidos, destaca-se a descaracterização de produtos vencidos ou danificados, assegurando um descarte seguro e com responsabilidade ambiental. A logística reversa é outro diferencial, permitindo o retorno eficiente de itens com problemas de qualidade, o que ajuda a reduzir perdas. Também são disponibilizadas opções de embalagem especializada, que protegem os produtos durante o transporte e o armazenamento.

Outro ponto forte é o suporte 24/7, que garante respostas rápidas em situações de emergência, como falhas no sistema de refrigeração ou problemas na logística. Além disso, serviços para otimização no ponto de venda ajudam a garantir que os produtos sejam apresentados de forma adequada e com boa rotatividade nos estabelecimentos comerciais.

Com um armazém de 3.000 m², equipado com armazenagem vertical e atendimento em todo o Brasil, a Viena Log combina tecnologia de ponta e expertise logística para assegurar que os produtos perecíveis cheguem ao destino final com qualidade e segurança.

Conclusão

Gerenciar armazéns de produtos perecíveis de forma eficiente exige uma combinação de práticas que vão além do básico. É essencial manter o controle rigoroso da temperatura, adotar o método FEFO (First Expired, First Out) e seguir protocolos de higiene detalhados para assegurar qualidade, segurança e conformidade com as normas da ANVISA. Evitar a chamada "zona de perigo" – entre 5°C e 59°C, onde microrganismos como Salmonella e Listeria se proliferam rapidamente – é um passo crucial nesse processo.

A tecnologia desempenha um papel indispensável nesse cenário. Sistemas WMS, equipamentos de refrigeração de alto desempenho e monitoramento constante são ferramentas que não só ajudam a reduzir custos e perdas de estoque, como também permitem um controle mais preciso. Esses investimentos tecnológicos acabam impactando diretamente na eficiência operacional e na experiência do cliente.

No fim das contas, o sucesso no gerenciamento de produtos perecíveis depende de uma integração consistente dessas práticas, sempre com foco na segurança alimentar e na eficiência. Essa abordagem protege não só a saúde do consumidor, mas também a lucratividade e a sustentabilidade do negócio.

FAQs

Quais são os principais desafios na gestão de um armazém de produtos perecíveis e como enfrentá-los de forma eficaz?

A gestão de um armazém de produtos perecíveis exige atenção a vários detalhes, já que envolve desafios como controle preciso da temperatura, manutenção da cadeia de frio, curtos prazos de validade e condições específicas de armazenamento para evitar perdas. Para lidar com essas questões, algumas ações são indispensáveis:

  • Manter o controle da temperatura com sistemas automatizados que assegurem o armazenamento dentro das condições adequadas.
  • Capacitar a equipe para o manuseio cuidadoso dos produtos, seguindo práticas rigorosas de higiene e segurança.
  • Planejar a logística com eficiência, priorizando rotas rápidas e seguras para garantir entregas dentro do prazo.
  • Adotar tecnologias de rastreamento e gestão de estoque, permitindo monitorar a movimentação e reduzir desperdícios.

Essas medidas ajudam a preservar a qualidade dos produtos, aumentam a satisfação dos clientes e evitam perdas financeiras desnecessárias.

Como a tecnologia está mudando o armazenamento de perecíveis

A tecnologia e a automação têm revolucionado o armazenamento de produtos perecíveis ao permitir um controle rigoroso da temperatura, melhor aproveitamento do espaço e menos falhas humanas. Por meio de softwares especializados, é possível acompanhar as condições do armazém em tempo real, o que acelera os processos e fortalece a segurança na cadeia de frio.

Sistemas automatizados também desempenham um papel importante na organização do layout dos armazéns. Eles facilitam o acesso aos produtos, ajudam a evitar desperdícios e garantem que os itens sejam armazenados de forma mais eficiente. O resultado? Operações mais ágeis e produtos melhor conservados, prontos para atender às exigências do mercado.

Quais problemas podem surgir ao não cumprir as normas da ANVISA para armazenar produtos perecíveis?

Não seguir as normas da ANVISA no armazenamento de produtos perecíveis pode trazer consequências sérias para as empresas. Entre os problemas mais comuns estão multas altas, interdições nas operações e até mesmo a apreensão de mercadorias. Além disso, há o risco de recall, processos judiciais e danos à imagem da marca, que podem ser difíceis de reparar.

Essas falhas não afetam apenas as empresas, mas também colocam em risco a saúde pública. Alimentos mal armazenados podem sofrer contaminação ou deterioração, aumentando a chance de surtos de doenças e gerando prejuízos financeiros consideráveis. Seguir as regulamentações e adotar boas práticas de armazenamento é indispensável para manter a qualidade e a segurança dos produtos.

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